Bernardo Silva garantiu que o salário não será entrave num eventual regresso seu ao Benfica no futuro. Numa entrevista a Fátima Campos Ferreira no programa ‘Primeira Pessoa’, da RTP, o internacional português sublinhou que o seu ordenado seria naturalmente adaptado à realidade do futebol português.
“Eu gostava [de voltar]. É um negócio em que tem de haver duas partes envolvidas. Eu quero, se o clube quiser na altura, obviamente que as coisas vão acontecer. [vale muitos milhões?] Neste momento sim. Se voltar a Portugal a parte financeira não será por aí. Vou querer receber um salário correspondente ao meu valor, mas sempre dentro do que se pratica em Portugal. Não vou ser um maluquinho para pedir coisas que não façam sentido no nosso futebol”, vincou o médio do Manchester City, por quem assinou recentemente até 2026, altura em que terá 32 anos. E como disse a Record em janeiro deste ano, era com essa idade que tinha pensado voltar à Luz.
Na mesma entrevista, Bernardo Silva voltou a falar do processo de saída das águias, em 2015, frisando que a opção de Jorge Jesus em não contar com ele foi “legítima” mas que tudo poderia ter sido diferente, para melhor: “Era tentar dar o meu máximo para ficarem comigo ali. O meu sonho sempre foi ser jogador do Benfica. Nunca sonhei jogar no City ou Monaco. Era sempre o Benfica, o que viesse depois era um extra. Não [fui opção] porque [Jesus] tinha outras opções e é legítimo. Sempre achei que foi legítimo. Posso ter sido um mau negócio, pois podia ter dado um outro retorno financeiro e desportivo. Podia ter ficado três ou cinco anos, como o Monaco ficou, e depois ser vendido se quisessem por um valor superior. Talvez sim.”
Bernardo Silva apoiou Noronha Lopes nas anteriores eleições do Benfica. No entanto, admite que ficou impressionado com o desempenho de Rui Costa até ao momento à frente do clube.
“Não votei, porque vinha de uma direção que apesar de coisas boas que fez, falharam noutras. Na altura achei que devia ter seguido outro caminho. Fiquei surpreendido com o que fez no primeiro ano. Era o meu ídolo, era a minha referência. É-me indiferente quem seja o presidente do Benfica na altura, mas que seja um presidente que leva o Benfica no rumo certo”, disse.