João Varandas Fernandes, antigo vice-presidente do Benfica, não tem dúvidas de que Roger Schmidt devia abandonar o comando técnico dos encarnados enquanto antes.
Na ressaca da eliminação europeia ante o Marseille, o ex-dirigente encarnado criticou o treinador alemão e exigiu uma reação imediata da direção liderada por Rui Costa.
“Se ele ama o Benfica, devia sair. Obviamente que isto é um fracasso que tem várias questões, por exemplo as escolhas erradas. Este treinador, efetivamente, está a ser um problema pesado para o Sport Lisboa e Benfica. Sou a favor da estabilidade, mas isto pisou todas as linhas possíveis e imagináveis. Dá a ideia de um cansaço. Dá a ideia de que o nosso treinador está cansado do clube, não é? Os nossos jogadores estão ausentes”, afirmou Varandas Fernandes, em declarações à Renascença.
O ex-vice-presidente do Benfica assume ainda estar “chocado” com o facto de Schmidt ter dito, após o jogo em França, que não tinha de “justificar nada sobre o jogo”.
“Ele é funcionário do clube, ele está a ser pago por todos nós, por todos os sócios, pela família benfiquista. Ele tem de dar justificações porque tem determinadas opções. Se não quer dar e diz que não as quer dar, está a afrontar os sócios”, defendeu, pedindo uma reação imediata de Rui Costa. “Há que ter coragem de mudar para dar passos certos e deixar de ter escolhas erradas. Obviamente que toda a gente pode ter uma derrota, não está isso em causa. Agora, há certa atitudes que não são favoráveis, nem dão, neste momento, â
nimo ao momento que se vive no Sport Lisboa e Benfica”, ressalvou Varandas Fernandes.
“Não há justificação externa. Há aqui um ambiente que estou a sentir, como benfiquista, e que se respira dentro do Benfica que não é saudável”, referiu ainda o ex-dirigente, antes de sugerir uma mudança no perfil do próximo treinador.
“É uma questão de inadaptação ao momento do Benfica. Ele não é o que os sócios querem. Queremos um treinador com chama, garra, que perceba o que se está a passar no campo. As demonstrações que temos tido vão em sentido contrário. Se continuarmos na mesma e não começarmos desde já a preparar a próxima época, vamos por um mau caminho, porque é evidente que os resultados desportivos vão acabar por ter implicação na gestão financeira e eu não queria ver o meu clube voltar para trás de maneira nenhuma. Quero ver o meu clube à frente. Começo a ficar preocupado com o que se está a passar”, finalizou.