Num encontro que juntou cerca de uma centena de adeptos na Casa do FC Porto em Vila Nova de Famalicão, Pinto da Costa abordou as críticas relativas à gestão de vendas de jogadores por parte do clube azul e branco. Confrontado com a perceção de que os rivais conseguem negociar transferências por valores superiores, o presidente do FC Porto utilizou o exemplo do Benfica para defender a política do seu clube.
Referindo-se especificamente à transferência de João Félix para o Atlético de Madrid, que gerou manchetes pelo valor astronómico de 140 milhões de euros, Pinto da Costa sublinhou um ponto que considera crucial: apesar do valor anunciado, o Benfica teria, segundo ele, efetivamente recebido apenas cerca de 50 milhões de euros. Em contraste, destacou o negócio de Otávio com o Al Nassr, afirmando que o FC Porto arrecadou 45 milhões de euros, uma soma que evidencia, na sua visão, a eficácia e sensatez da gestão portista.
“Também podemos pôr cláusulas de 100 ou 200 milhões de euros, tal como fazem os rivais, mas eles [Benfica] venderam o João Félix por 140 milhões de euros e só ficaram com 50“, atirou.
Além das vendas de jogadores, o presidente também focou na infraestrutura de formação, antecipando a apresentação do projeto para a nova academia do clube na Maia. Este projeto, segundo descreveu, incluirá dez campos de futebol, um hotel com capacidade para 140 jovens atletas e um mini-estádio com 2500 lugares. A iniciativa visa reforçar o compromisso do FC Porto com a formação de talentos, enfatizando que tanto o projeto como o financiamento estão assegurados.
Este pronunciamento ocorre num contexto de eleições presidenciais no clube, onde a gestão do património e dos talentos desportivos tem sido um dos temas quentes. Pinto da Costa, ao defender as decisões estratégicas do FC Porto, não só responde às preocupações dos adeptos mas também marca uma posição clara face às críticas e à competição interna, realçando a capacidade do clube em gerar receitas significativas e em investir no seu futuro.
