Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, fez uso da rede social X para expressar a sua opinião acerca da recente condenação de César Boaventura por corrupção ativa a jogadores do Rio Ave. J. Marques destaca que, quase sete anos após o início do caso, “foi condenado o menos culpado”, sugerindo que os verdadeiros beneficiários das ações de Boaventura permanecem sem enfrentar consequências. Clique aqui para ver vídeo
Na sua publicação, Marques questiona a eficácia e a justiça do sistema, colocando em causa o papel da justiça desportiva e dos comentadores de futebol, aos quais acusa de cumplicidade.
“Até quando se vai fingir que nada aconteceu? Até quando a justiça desportiva vai continuar a maltratar a verdade desportiva?” indaga, incitando uma reflexão sobre a integridade no desporto.
J. Marques relembra também a revelação de emails em 2017, que segundo ele, expuseram a “alta criminologia” no futebol, conforme descrito por Carlos Janela. Destaca-se, ainda, a sua própria condenação, juntamente com Diogo Faria, por denunciar aquilo que consideram ser verdades incómodas sobre o sistema desportivo português.
“Fui eu e o Diogo Faria condenados por dizermos que o rei ia nu e só agora a marioneta de um gigantesco esquema de corrupção desportiva é condenado“, lamenta.
J. Marques termina o seu desabafo com uma nota de esperança e resistência: “Os beneficiados continuam intocáveis, porque há muito que capturaram o país. Oxalá o FC Porto nunca se renda“, expressando o desejo de que o seu clube continue a lutar contra a corrupção e a injustiça no futebol português.