O ex-jogador do FC Porto, Hulk, recordou recentemente dois momentos marcantes da sua carreira: os episódios de racismo que enfrentou e uma confusão com Rui Costa, então diretor do Benfica, no Estádio da Luz.
Em entrevista ao programa “Abre Aspas” do Globo Esporte, o avançado brasileiro abordou as situações que marcaram a sua passagem pelo futebol europeu.
Hulk revelou que, no início da sua carreira, foi alvo de insultos racistas por parte das claques adversárias, tanto em Portugal como na Rússia. Recordou um momento particularmente doloroso ocorrido no Estádio da Luz, quando a claque do Benfica entoou cânticos racistas enquanto ele se preparava para cobrar um canto. Embora não tenha percebido de imediato o que estava a acontecer, Hulk admite que foi um episódio difícil de gerir.
Na Rússia, os episódios de racismo foram mais frequentes e intensos, mas Hulk conseguiu encontrar uma forma de lidar com a situação, respondendo com sorrisos e gestos amigáveis para desarmar os insultos. No entanto, destacou que o racismo é algo que ainda persiste no desporto e que é uma questão que continua a afetar muitos jogadores.
Outro episódio marcante ocorreu num clássico entre Benfica e FC Porto em 2009, no Estádio da Luz. Após o jogo, que terminou com uma derrota portista por 1-0, houve uma confusão no túnel de acesso aos balneários, na qual Hulk esteve envolvido. Segundo o jogador, Rui Costa tentou intervir e questionou a sua participação na confusão, ao que Hulk respondeu acusando o Benfica de ter “montado tudo”. Este episódio resultou numa suspensão prolongada para Hulk e Sapunaru, outro jogador envolvido no incidente.
Apesar das dificuldades, Hulk mantém uma visão positiva sobre a sua carreira e continua a destacar o apoio que recebeu ao longo dos anos, tanto dos treinadores como dos colegas de equipa.
